Tarte de Natas
ão conhecia o chef Luís Machado, até ter visto este livro na Feira do Livro de Lisboa. No subtítulo da capa podemos ler: "Receitas para partilhar com amigos". Ora, estas são palavras mágicas para o meus ouvidos 😁
"Jantamos cá em casa": mais um livro à prova no #Dizmeoquelês
Na breve descrição sobre o autor, na badana do livro, fiquei a saber que Luís Machado, de 41 anos, é chef numa das "mais conceituadas revistas de culinária nacionais". Fiquei curiosa, fui pesquisar e trata-se da Teleculinária. Para além disso, é licenciado em Cozinha e Produção Alimentar, trabalha como consultor para diversas marcas do setor, é formador em mais do que uma escola profissional, apresenta regularmente showcookings e é jurado em muitos concursos gastronómicos, incluindo em alguns programas televisivos. Tem ainda um blog, onde partilha receitas e dicas de culinária: www.luismachado.com
Podem ainda seguir Luís Machado no facebook e no Instagram.

Quanto ao livro, não pensem que vão encontrar receitas de autor demasiado complexas e sofisticadas. Pelo contrário, são receitas simples e despretensiosas. E na verdade, o título engana um pouco, pois aqui irão encontrar muito mais do que apenas receitas apropriadas para um jantar.
Tarte de Nata: umas das mais de 70 receitas deste livro
Se não me enganei a contar, são 74 receitas divididas em cinco capítulos: "Manhãs", "Almoço - Simples e Leve", "Ao fim da tarde", "Jantares" (onde são agrupados alguns menus com entrada, prato principal e sobremesa) e "Doces". Há um pouco de tudo. Vários clássicos, como "Peixinhos da Horta", "Amêijoas à Bulhão Pato", "Arroz de pato", "Tiramisu", "Molotof", "Pavlova", e também receitas mais contemporâneas, como "Sopa de Meloa com queijo-creme" ou "Snack de batata-doce crocante", sem esquecer algumas bebidas, incluindo uma "Sangria de Espumante e Frutos Vermelhos, perfeita para estes dias.

Resumindo:
"Jantamos cá em casa", de Luís Machado, é um livro abrangente, que cobre os diferentes momentos de refeição ao longo do dia e várias tipos de convívio ou celebração. Ótimo para quem gosta de receber em casa e para quem quer estar munido de um bom leque de receitas de conforto, fáceis de preparar e de sucesso garantido [não testei todas as receitas, mas parecem estar bem escritas e detalhadas].
A fotografia não é o forte do livro [algumas imagens são bonitas, noutras a luz artificial faz-se notar], o que é compensado pelos pequenos textos introdutórios às receitas. Estes acrescentam valor, desvendando algumas facetas e hábitos do Chef Luís Machado e mostrando como para si, os amigos são uma parte fundamental dos seus dias. Como escreve o Chef Hernâni Hermida no prefácio, este "é um livro sobre o gosto e o prazer de cozinhar e também sobre a partilha de bons momentos onde se comemora a amizade."
Se quiser saber mais sobre o "Jantamos cá em casa", ou até comprá-lo, basta clicar aqui.

TARTE DE NATAS
Adaptada do livro "Jantamos cá em casa"
Ingredientes
Para a base
1 rolo de massa folhada (a receita original pede massa areada de compra)
Para o recheio
200 g de açúcar
100 ml de água
6 gemas
200 ml de leite meio gordo
200 ml de natas para bater
50 g de farinha sem fermento
Canela em pó para servir (opcional - acrescento meu)
Método
Coloca as gemas numa taça e bate com um garfo.
Num tacho, junta o açúcar e a água e leva ao lume até obter um ponto de pérola fino (se tem dúvidas sobre os pontos de açúcar, sugiro que vejas este post com vídeo da Chef Rita Nascimento, aka La Dolce Rita).
Junta a calda de açúcar, em fio, às gemas, mexendo sempre com um batedor de varas.
Entretanto, liga o forno nos 200º.
No tacho, junta o leite, as natas e a farinha, mexendo com o batedor de varas para dissolver bem. Leva ao lume, mexendo sempre, até engrossar, o que deve demorar, no máximo, uns 10 minutos.
Retira do lume e junte, em fio, à mistura das gemas, mexendo sempre. Reserva.
Forra uma tarteira com a massa escolhida (usei uma tarteira com 24 cm de diâmetro e mantive o papel vegetal debaixo da massa) e pica o fundo.
Verte o recheio na tarteira e leva ao forno cerca de 40 minutos ou até estar bem dourada e o recheio firme.
Notas:
- No final da cozedura o meu recheio estava ainda claro e pouco "queimado" - na fotografia do livro, o topo da tarte faz lembrar o pastel de nata, com aquelas manchas escuras típicas; como não quis manté-la mais tempo no forno, com receio de que ficasse demasiado cozida e os rebordos de massa folhada demasiado escuros, acabei por fazer umas pequenas manchas já fora do forno, com um maçarico de cozinha;
- Quase no final da cozedura, a minha tarte empolou e abriu umas pequenas fendas no centro, talvez devido à massa folhada, que empurrou o recheio para cima; depois de sair do forno, ao arrefecer, a "bossa" acabou por desaparecer e as rachas ficaram discretas, como podem ver nas fotografias.
Vê ainda:

Tarte de amêndoa [Picado de Abelha]
Uma receita clássica, numa versão ainda mais gulosa. Quem gosta de amêndoa que ponha o dedo no ar!
Ler Mais